Com aumento do custo de vida, estudar longe de casa deixa de valer a pena

Custos podem superar em até três vezes o valor de uma mensalidade

Um hábito tradicional da nossa Região é aquele em que muitos pais preferem enviar seus filhos para estudar em Faculdades ou Universidades distantes do lugar onde vivem, principalmente quando são Instituições públicas (Federais ou Estaduais). Mas muita gente não leva em conta diversos fatores que envolvem esta decisão.

A primeira delas é quanto ao custo financeiro. Seja para morar sozinho ou dividir uma casa ou apartamento, existem outros custos que, muitas vezes, ultrapassam o preço do aluguel.

Segundo informações do Guia do Estudante, da Editora Abril, estes estudantes chegam a gastar mais de R$ 300 por mês apenas com alimentação. Isso sem contar luz, telefone, viagens de volta pra casa (E retorno para a cidade onde estudam) e, claro, o aluguel. Juntos estes gastos podem superar facilmente R$ 1.200 por mês, para se estudar em Faculdades ou Universidades públicas de São Paulo ou do interior do Paraná.

Outro fator importante é a segurança. Este aspecto inclui não apenas longas viagens de ônibus, geralmente o transporte mais utilizado, mas também o fato de os filhos ficarem longe dos pais. O empresário José Roberto Pinheiro, 53, levou este fator em conta na hora de escolher a Faculdade de sua filha de 18 anos.

“Minha preocupação foi de deixa-la sozinha, morando com desconhecidos. Vivendo conosco, podemos auxiliá-la caso haja algum acidente ou emergência”, ponderou.

Diane Lopes dos Santos, 17, foi aprovada em uma universidade em Maringá, mas escolheu permanecer na região. “Os motivos são principalmente financeiros. Esse dinheiro que pretendo usar para investir em meu futuro. Estou mais segura do lado da minha família e dos amigos”, revelou

Com todos estes custos, fica muito mais viável para as famílias investirem em uma Faculdade particular mais próxima, onde o valor de sua mensalidade é bem menor do que o necessário para manter o estudante longe de casa.

Na Faculdade Reges de Osvaldo Cruz, por exemplo, os valores das mensalidades giram em torno de R$ 310 a R$ 415, isso sem contar os diversos programas de auxílio econômico, como o financiamento estudantil (FIES), Programa Escola da Família, que distribui bolsas integrais a universitários que prestarão serviços aos finais de semana em escolas da Rede Estadual (principalmente), além da oferta de bolsas de estudos da própria Instituição.

“É importante que os pais estejam atentos a estes fatores. As Faculdades particulares atualmente oferecem cursos com a mesma ou até com mais qualidade que as Instituições públicas. Nossos cursos de Administração, Letras e Pedagogia, por exemplo, são referência na nossa Região e contam com professores extremamente qualificados”, revelou o diretor da Faculdade Reges de Osvaldo Cruz, Jayme Gonzaga.

Então, fique atento: cada Faculdade ou Universidade (pública ou particular) é diferente, tem sua estrutura, corpo docente e sua história. Portanto, na hora de escolher um curso de graduação pense também nas Instituições que o oferecem. Vale a pena mudar de cidade para fazê-lo? Barato não é. Inclusive seus pais deverão estar de acordo com a sua escolha, pois poderão ter novos gastos pela frente.

Mesmo que você seja aprovado naquela Faculdade ou Universidade pública de destaque, se ela fica em outro Estado ou longe desta Região, seus pais terão de ajudar a custear (Ou eles custearão sozinhos) moradia, alimentação e transporte, principalmente. Além disso, cada detalhe contará a seu favor ou não quanto aos novos gastos, como: economizar na conta do telefone, realizar a limpeza da moradia e das roupas, ter responsabilidade com os seus horários, etc, que passam a ser coisas com as quais o estudante terá de se preocupar.